AS TRÊS MARIAS E O PROTAGONISMO DAS TRABALHADORAS: SUBMISSÃO, CONTESTAÇÃO E AMOR FALHADO EM PERSONAGENS DA LITERATURA PORTUGUESA HIPERCONTEMPORÂNEA

Além da coincidência do nome Maria, as três personagens analisadas neste artigo carregam outras marcas comuns: são trabalhadoras exploradas pelo jogo poder, subalternizadas, domesticadas, vítimas de abuso, convivem com a arrogância e o preconceito seus patrões em um Portugal crise. As Marias, Graça, dos Canos Serrados Guia, literatura portuguesa hipercontemporânea, construídas diferentes perspectivas narrativas. A primeira carrega foco narrativo uma voz heterodiegética, apocalipse trabalhadores, Valter Hugo Mãe; segunda é narradora autodiegética livro homônimo Ricardo Adolfo; terceira importante personagem, ainda que coadjuvante, Os meus sentimentos, Dulce Maria Cardoso. procuram assumir algum tipo protagonismo contra silenciamento, possuem no amor chance felicidade, mas constituem-se como seres rompidos, vazios, elementos descartáveis dentro sociedade portuguesa, recebem, todo momento, os sinais proibição espaços socialmente não lhe cabem, seguindo tendência segregação social. Este pretende recuperar essas vozes entrecruzamento, mostrando papel dessas mulheres excluídas nas narrativas suas lutas poder estabelecido. Como referencial teórico, autores Michel Foucault, Linda Hutcheon, Umberto Eco, Byung-Chul Han, Erich Fromm, Judith Butler, Eduardo Lourenço, Regina Dalcastagnè, Silviano Santiago, entre outros.